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Comprar uma casa pode-se revelar, no mínimo, proibitivo para uma parte da população, maioritariamente por causa dos salários relativamente baixos face aos elevados valores necessários para avançar com uma aquisição. Em 2022 é possível não pagar um cêntimo de entrada? Como é que funciona o financiamento a 100%?
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O meu nome é João Zoio e sou um jovem empreendedor com 21 anos que a partir dos 16 tem tido a oportunidade de estar inserido em cenários laborais exigentes e com um ritmo elevado.
Atualmente presto consultoria de investimento imobiliário a clientes particulares, e consultoria de marketing a promotoras imobiliárias, depois de ter sido sócio de uma das melhores equipas de mediação imobiliária do país.
Para qualquer tema relacionado com parcerias, negócios ou serviços de consultoria imobiliária, podem contactar-me através das DMs no Instagram. Obrigado!
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Este tema de contrair empréstimos para habitação sem ter de dar um euro de entrada tem-se tornado nos últimos anos quase que num mito urbano, com uma nova geração de compradores frustrada por ouvir falar tanto deste tipo de ocorrências, mas por cada vez que entram num banco nunca ser apresentada essa possibilidade.
A crise do subprime em 2008 nos Estados Unidos deixou represálias a nível mundial, muito em parte por causa do fecho das torneiras de crédito e da diminuição do comércio internacional. Como é costume, os americanos espirram, a Europa constipa-se e Portugal apanha uma pneumonia.
A 30 de janeiro de 2018, enquanto autoridade macro prudencial, o Banco de Portugal emitiu uma recomendação que vem de alguma forma condicionar a concessão de crédito por via de um aperto do cerco na componente da análise de risco. Estas medidas têm efeito sobre três pilares.
Porque é que este tipo de financiamento não é a norma e está regulamentado para na sua globalidade não ter lugar? Em caso de incumprimento, ou seja, se eu hoje contratar um financiamento e para o ano ficar desempregado e deixar de pagar as minhas prestações, o banco vai iniciar um processo de execução com o objetivo de me confiscar o imóvel.
Mas calma! Há duas formas perfeitamente legais de conseguir alavancar uma compra a 100% e estas casas detidas pelas instituições são uma delas. Agora, se é uma boa opção, na minha opinião, não é. Basta percebermos qual é a génese destes imóveis para concluirmos o tipo de produto que vamos encontrar.
Agora, há também um pequeno detalhe que acho que faz todo o sentido de mencionar. Em Portugal, ao contrário de em muitos outros países no mundo, não há literalmente nenhum apoio do estado na aquisição de habitação própria, que é para mim um ultraje.
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