Pesquisas nacionais lançadas recentemente indicam que a obesidade de crianças e adolescentes representa uma carga financeira de cerca de R$ 225 milhões ao SUS. Segundo um dos levantamentos, caso as tendências neste público sejam mantidas, o problema vai aumentar em todas as idades de 5 a 19 anos até 2044.
Outro estudo indica que os gastos hospitalares excessivos vinculados à obesidade infantil e adolescente no SUS ultrapassam os custos totais de hospitalização para todas as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas do Código Internacional de Doenças.
Em participação no podcast #RepórterSUS, Eduardo Nilson, pesquisador do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura da Fiocruz Brasília e integrante das equipes que elaboraram os levantamentos, afirma que a mudança "intensa" nos hábitos alimentares brasileiros é o fator que mais impulsiona esse cenário.
“Um dos principais fatores que as evidências apontam é o padrão alimentar sendo modificado na população brasileira. É uma substituição na nossa dieta tradicional — baseada em alimentos in natura, como feijão, arroz, salada, frutas, fontes de proteína — por produtos ultraprocessados, que, inclusive, não podem ser chamados de alimentos, porque são formulações industriais que os substituem na nossa dieta."
Os estudos também apontam que a solução para o problema está na implementação de políticas públicas amplas, coletivas e de regulação da indústria e do comércio de alimentos com pouco valor nutricional e que fazem mal à saúde. "Como a obesidade é um problema complexo, ele vai exigir soluções complexas, que vão envolver múltiplas estratégias, políticas intersetoriais. Não é uma responsabilidade única do setor saúde", enfatiza Nilson. Segundo ele, é preciso desenvolver métodos mais adequados para chegar a dados mais amplos e próximos da realidade.
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🏥 O Repórter SUS é uma produção do #BdF em parceria com a @epsjv_fiocruz
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