A Ucrânia é um país que está muito longe. Mas é um país imenso, lá no cantinho do Leste Europeu. Tem 44 milhões de habitantes. Não dá para deixar de falar dela. Isso por causa da guerra que está pipocando entre os aliados da Rússia e os que defendem a unidade nacional. Vamos recapitular. Uma revolta popular derrubou, há um ano, o presidente que era leal a Moscou. Logo em seguida, e com ajuda militar dos russos, os rebeldes da Crimeia anexaram aquele território à Rússia. Não satisfeitos, em abril, esses mesmos rebeldes começaram uma guerra civil. Queriam que um outro pedaço do país também fosse anexado pelo vizinho poderoso. Nessa guerra já morreram 5 mil pessoas. O presidente russo, Vladimir Putin, fornece armas e soldados aos separatistas. Os Estados Unidos enviavam até agora um pouco de equipamento militar, como binóculos que permitem enxergar à noite. Obama prometeu agora que também enviaria armas letais, como mísseis de curto alcance. Mas a novidade de hoje é diplomática. Logo de manhã, chegou à Ucrânia o chefe da diplomacia americana, John Kerry. Horas depois, desembarcaram o presidente francês, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Os três têm uma proposta de cessar-fogo, e negociações para manter a unidade do que sobrou do território ucraniano. Hollande e Merkel devem conversar pessoalmente, amanhã, com o próprio Vladimir Putin. Mas essa história por enquanto não fecha. O governo da Ucrânia já se aproximou da União Europeia e pretende entrar para a Otan, que é a aliança militar ocidental. Os russos não querem saber disso. Eles trabalham com a ideia de que é preciso manter em suas fronteiras países que não sejam para eles uma ameaça militar. Enquanto isso, continuam os combates na Ucrânia. Os russos são os mais fortes, e não desistiram de domesticar o vizinho, apesar das sanções internacionais, que já levaram na cabeça, e que aprofundam a crise econômica que enfrentam. É assim que o mundo gira. Boa noite.

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