Liliana Sebastião - soprano
Essence Voices
Orquestra Clássica do Centro
Maestro Diogo Costa
Eurico Carrapatoso - MAGNIFICAT EM TALHA DOURADA: 25 anos | 50 interpretações
“Ó meu Menino” (excerto)
Igreja Nossa Senhora do Carmo, Coimbra, 13.12.2023
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Pequena nota:
Esta obra foi concebida e escrita na minha aldeia em Trás-os-Montes, durante o mês de Julho de 1998, na companhia da canícula e da maré vazia do tempo. Foi estreada no espaço inefável da Igreja de São Roque, em Lisboa, no dia 24 de Outubro de 1998, por ocasião da celebração dos 500 anos da Santa Casa da Misericórdia, solada pela dedicatária da obra, o soprano Angélica Neto, e pelo Coro e Ensemble Olisipo, num concerto mágico que perdura na memória daqueles que estiveram presentes.
O Magnificat é uma obra iluminada por sol maior, a tonalidade que sinto nas talhas douradas e nos espaços reverberantes de Deus. É uma homenagem ao Barroco, o estilo onde triunfa o movimento, a espiral inebriante, o concerto dos sentidos. Como é natural, o espírito de Bach ecoa, pairando sobre a obra tal como, no princípio, o espírito pairava sobre as águas.
Foi acrescentado ao texto canónico em latim um conjunto de trechos em português que lhe são estranhos, uma prática de tropização e de contrafacta que já fora tão comum em tempos medievais. Esses trechos ou tropos profanos, acrescentados ao texto sacro, têm uma temática afim, provindos do culto mariano popular sob a forma de cantos de romaria e de cantos populares natalícios.
Devido a este cruzamento de referências e a esta miscigenação de gestos, a obra está cheia de folia estilística, qual tapeçaria de Arraiolos de múltiplas cores e padrões. Para dar um pouco de unidade a tudo isto, o Magnificat sustenta a sua arquitectura em três grandes pilares firmados no princípio, no meio e no fim da obra, onde se pode escutar a inefável melodia popular alentejana de Natal, Ó meu Menino, que confere à música não apenas um grande arco discursivo, assim como uma calma de todo o Alentejo deste mundo. Este aspecto trinitário, altamente simbólico e onde se cruzam o sacro e o profano, colheu-me desde o princípio.
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