A Acirp, junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo – através da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) – e a Fundação Cargill lavraram parceria inédita na cidade para execução do “Projeto Plantio de Seringueira e Cacaueiro em Sistemas Agroflorestais no Planalto de São Paulo”, que consiste na implantação de campos experimentais de cacau na região de São José do Rio Preto.
Apesar do clima da região ser um pouco distinto dos campos de cultivo do cacau, a pesquisa mostrou que a produção por aqui é viável em virtude da utilização da fertirrigação. Por ser uma planta tolerante à sombra, a técnica surge como uma alternativa rentável para os produtores de borracha natural.
O experimento feito na região mostra que é possível permanecer na cultura e massificar os lucros. O estudo visa criar um banco de dados que permita a efetivação ou validação da cultura consorciada do cacau como alternativa de agricultura sustentável.
“A Fundação Cargill está doando os recursos, à Acirp cabe o gerenciamento e prestação de contas e, sob a responsabilidade da CATI, está a implantação e execução do trabalho de pesquisa nos campos experimentais”, explica o diretor de Agronegócios da Acirp, André Seixas.
Se nos tempos passados, empresas de chocolates precisavam comprar a matéria prima a mais de dois mil quilômetros de distância; essa realidade pode estar prestes a mudar.
“É uma alternativa para os produtores rurais da região de Rio Preto e uma alternativa no consórcio com seringueira às baixas de preço. O cacau se adapta, em questões produtivas e de competitividade, a vários tamanhos de propriedades rurais.
O grande produtor pode lucrar com o plantio, assim como o pequeno proprietário rural tem no cacau uma alternativa para renda. E renda de qualidade, pois é um produto diferenciado na região”, explica o presidente da Acirp, Kelvin Kaiser.
![](https://i.ytimg.com/vi/6NVCfWnNhjY/maxresdefault.jpg)