Forte São José
Foi em 1419 numa extensa baía, onde existia dois ilhéus, que os descobridores da Madeira procuraram abrigo antes de desembarcar na ilha da Madeira, toda esta coberta por densa vegetação. Por essa razão, teriam desembarcado preliminarmente no menor dos ilhéus, onde ergueram um abrigo provisório, para esse fim tendo talhado na rocha alguns degraus, os quais teriam subsistido até aos nossos dias. Do mesmo modo, ainda pode ser observado, numa das extremidades da rocha, o triângulo destinado à amarração das suas embarcações, por essa razão, este ilhéu é constituido a mais antiga fortificação do arquipélago.
No contexto da Guerra Peninsular, quando da ocupação da Madeira por tropas britânicas, entre 1801 e 1807, este forte serviu como quartel aos britânicos e, posteriormente, de cadeia. Existem gravuras de marinha, da época, com a bandeira inglesa hasteada no forte.
Em 1888 o governo português decidiu prolongar o porto do Funchal até ao ilhéu grande, onde se ergue o Forte de Nossa Senhora da Conceição, passando o Forte de São José, no ilhéu menor, a segundo plano.
As dependências do forte foram arrendadas por seis anos, em contrato assinado em março de 1889, à empresa Blandy Brother´s, para a instalação, em seu terrapleno, do primeiro guindaste a vapor, para a carga e descarga de mercadorias no porto do Funchal. Os restos de seu maquinário, atualmente encontram-se no fundo do mar.
Sem recursos, em agosto de 1903, o governo colocou o forte à venda em hasta pública, para, com o dinheiro assim arrecadado, vir a concluir e recuperar, no ilhéu grande, o Forte de Nossa Senhora da Conceição.
Em fins da década de 1990 os seus proprietários colocaram o imóvel à venda, até que, em outubro de 2000, o antigo forte foi adquirido pelo professor Renato Barros, que iniciou uma campanha para a pesquisa, recuperação, revalorização e requalificação do património representado pelo forte, inclusive a sua classificação pelas autoridades competentes, a nível municipal e nacional.
Em setembro de 2010 foi noticiado que o atual proprietário solicitou ao Estado Português o reconhecimento daquele território como "Estado soberano e independente", em virtude em ter a posse e dominio de uma Carta Regia legitimada pelo Rei D.Carlos I que assim o permetia.
Considera que aquele autoproclamado "Principado da Pontinha" preenche todos os requisitos exigidos pelo Direito Internacional Público para ser reconhecido como um Estado soberano e independente", visto que possui "território, domínio sobre este, povo e a respectiva Carta Monárquica Constitucional". Invoca que o Direito Internacional Público e o Estado português reconhecem o "direito à autodeterminação dos povos".
Por estas razões, o principe Renato Barros sustenta que "não há nenhuma razão, de facto ou de direito, que impeça o Governo português e o seu Estado de reconhecer o Principado da Pontinha como Estado soberano e independente, muito menos por causa uma pequena parcela de um território cujo domínio alienou". Por isso, requer às autoridades portuguesas "o imediato reconhecimento do Principado da Pontinha como Estado soberano e independente".
Forte São José / Principado da Pontinha
Теги
fortepontinhailhéuprincipefunchalmadeiraislandportolobomarinhodroneaerearenatobarrosaltasaventurasprofessorsãojoséninidesigncentershipcruisetallvespascr7cristianoronaldopestanahotelpraçamuseunautravelvisitmarinamotardsquintavigiapovocomunidadesmadeirensesprisãomaroceanoatlanticocoelhorevoltacmtvcorreiomanhãreportagemrotundasavoyroyaldescobrimentos1419camaramunicipalfrenteportugalvoo4khd