Nesta mesma data, mas em 1960... PARIS REVERENCIA A TABELINHA
Contra o Racing de Paris, os franceses descobriram que o que eles chamavam de um-dois tinha outro significado nos pés de Pelé e Coutinho...
A bela vitória contra o Reims aumentou o prestígio do Santos em Paris. Jogadores e jornalistas brasileiros se sentiam em férias na capital francesa. No dia seguinte à goleada, os jornalistas tiveram um almoço a bordo do iate Fretigny, enquanto passeavam pelo Rio Sena. Ninguém
discutia o favoritismo santista contra o Racing, em jogo marcado para a sexta-feira, dia 9.
Impressionado com o poder ofensivo do time brasileiro, o técnico Pierre Pibarot chegou a utilizar a formação de “ferrolho”, muito comum entre as equipes suíças. Ela consistia em colocar todo o time na defesa e tentar o gol em lances esporádicos. O ferrolho do Racing deu
certo durante 22 minutos, até que Coutinho fez o primeiro gol santista. E assim terminou a primeira etapa.
Após uma tabela com Coutinho, Pelé marcou o segundo aos 11 minutos da segunda etapa.
Quatro minutos depois, Pepe fez o terceiro, mas o árbitro francês Maurice Fréderic Guigue anulou, apontando impedimento. Aos 22 minutos, porém, em lance parecido, Pepe fez um gol que valeu. Só então o Racing marcou o seu gol, em uma cabeçada de Ujlaki, aos 24 minutos.
Aos 43, Pelé driblou quatro adversários e deu para Coutinho fazer o quarto e último gol do jogo.
O título, conquistado de maneira tão convincente, fez o Santos ser imediatamente convidado para o Torneio de Paris no ano seguinte. Entre os muitos elogios, os jornais locais diziam que o goleiro Laércio era melhor do que Gylmar, o titular da Seleção Brasileira. Diziam também que a “tabela”, como faziam Pelé e Coutinho, era “o nome que os brasileiros deram ao um-dois” e que “no Santos, essa combinação está elevada à altura de sua instituição”. O
Miroir Du Football foi categórico O Santos hoje é, provavelmente, o melhor time do mundo, mas, com certeza absoluta, é o mais espetacular! Não serão os belgas, alemães, poloneses e parisienses que vão me dizer o contrário. A ampla aprovação, quase endeusamento, da impressa francesa certamente ajudou muito na aura mítica que o Santos passou a desfrutar em suas andanças pelo mundo. Não se pode esquecer que o futebol francês era muito importante naquela época. A França, do artilheiro Just Fontaine, tinha sido considerada, com exceção do Brasil, a dona do mais vistoso futebol na Copa de 1958. O Stade de Reims e o Racing – hoje relegados a divisões inferiores na França – estavam entre os times mais respeitados da Europa.
Trecho do Livro: Santos FC, O Maior Espetáculo da Terra
L: Parc des Princes - Paris (FRA)
D: 5ª feira
C: Torneio de Paris
R: Cerca de Cr$ 9.000.000,00
P: 40.000
A: Maurice Frederic Guigue (FRA)
G: Coutinho 22' e 89', Pelé 55' e Pepe 66' – Ujlaki 73'
SFC: Laércio; Mauro Ramos de Oliveira e Zé Carlos; Calvet (Getúlio), Formiga e Zito; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe (Tite)
Técnico: Lula
Uniforme: Camisas brancas
RCF: Taillandier; Lelong, Herbin e Marchê; Tibari (Guillot) e JJ Marcel; Grillet, Topna, Ujlaki, Senac e Heutte.
Técnico: Pierre Pibart
SFC campeão do Torneio de Paris
Pepe teve um gol anulado. Pelé e Laércio com atuações fantásticas...
Crédito de Ficha: Almanaque do Santos FC de Guilherme Nascimento
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