Revolução e Marxismo Cultural
Reação à crise marxista
A Primeira Guerra Mundial provocou uma crise teórica entre os marxistas. Eles esperavam que os proletários se unissem na luta contra a burguesia, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário: os operários se voltaram uns contra os outros.
Mas quem teria "alienado" dessa forma a classe trabalhadora, fazendo com que ela servisse aos "interesses do capital"? Segundo a Escola de Frankfurt, nada mais nada menos que a Civilização Ocidental.
A Primeira Guerra Mundial representou uma crise teórica para o marxismo, pois este esperava que os trabalhadores se unissem contra seus empregadores, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário: os trabalhadores se uniram uns contra os outros. A grande pergunta que surgiu foi a seguinte: quem alienou os trabalhadores desta forma? Um alienado[1], segundo o marxismo, é alguém que renunciou aos seus direitos de classe para dá-los a outra pessoa. Quando ele para de lutar pelos seus direitos de classe, está servindo a outra classe. Quem alienou o proletário, o pobre? A resposta do marxismo: a civilização ocidental.
Dois pensadores diferentes encontraram a mesma resposta para o dilema da alienação: o primeiro foi Antonio Gramsci, que na URSS viu os limites da teoria marxista, tomando consciência da necessidade da mudança de cultura para a implantação da mentalidade socialista; o outro foi Georg Lukács, que em união com Felix Weil, fundou, em 1923, o Instituto para Pesquisa Social[2], contando também com a colaboração de outros pensadores, tendo como objetivo o estudo da civilização ocidental com o intuito de destruí-la. Este Instituto também ficou conhecido como escola de Frankfurt, tendo como principais membros Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Erich Fromm, Wilhelm Reich[3].
Mas, voltando à crise do marxismo após a Primeira Guerra, uma das tentativas de solução foi oferecida pelo fascismo: o otimismo nacional. Tal empreitada ficou caracterizada pela tentativa de se criar uma sociedade justa, um estado totalitário, através da bandeira do otimismo nacional, da raça, do nobre selvagem. Hitler, por , considerava que o cristianismo abastardou a nobreza da nação alemã.
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