Na infância, ocorrem episódios de ataques de agressividade. A criança tenta resolver situações mordendo, beliscando, empurrando ou esmurrando. Por vezes aplica isto com irmãos, coleguinhas e até com os pais e outros adultos. A manifestação da agressividade é parte do desenvolvimento infantil. A problemática é que algumas crianças persistem em sua conduta agressiva, intensificando-a e buscando ela como único recurso para resolução de conflitos. Segundo as teorias do impulso, a frustração facilita a agressão. E geralmente uma criança tem um limiar de frustração muito baixo – com o tempo e experiência de vida, aprendemos a aumentar este limiar, suportando mais as dificuldades, perdas e negações da vida.
Como dito a manifestação e comportamento agressivo na criança é algo esperado no desenvolvimento infantil e deve ser vivido pelo infante. A questão é o mesmo aprender a lidar com este comportamento - flexibilizando-o e disciplinando-o.
Muitas vezes a criança provoca o adulto para que este possa intervir por ele e auxiliar na contenção de seus impulsos agressivos, já que sozinho não consegue. Por isso, a criança necessita de um “não faça isso” ou “pare com isso”. A criança se desenvolve com a disciplina e limite fornecido pelo adulto. As crianças, às vezes pedem um enfrentamento e intervenção de uma instância mais madura. É como se pedissem emprestado o controle ao seu pai ou mãe. E os pais, como primeiros socializadores da criança, ensinarão também isto.
Do mesmo modo que os pais ensinam a caminhar, a falar, a comer aos seus filhos, também vão ensinar seus filhos a lidar com sua agressividade. Dar "contorno" a este impulso, ensinando a importância de conversar, dialogar, expressar o incomodo, frustração e raiva de uma outra forma que não a agressão física e verbal.
Desta maneira a agressividade é um importante fator no desenvolvimento da criança e deve ser acompanhado de perto pelos pais – para receber o devido encaminhamento e ser utilizada como ferramenta adequada pela criança.
A agressividade também se mostra um importante termômetro para verificar como está o humor da criança e possivelmente seu contexto e realidade familiar, social.
Em casos nos quais a agressividade é muito intensa, recorrente e desmedida, o pediatra ou profissional que acompanha a criança deve ser consultado. Por vezes orientação familiar, avaliação psiquiátrica e psicoterapia auxiliam e são indicados nos quadros mais intensos e persistentes.
Sobre Psicodiagóstico infantil - texto do psicólogo clínico René Schubert - [ Ссылка ]
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