Após a concessão da independência da Grã-Bretanha à ilha de Chipre em 1955, os cipriotas eram uma multidão mista de turcos e gregos que viveram lado a lado durante séculos.
Ao longo do domínio britânico, entretanto, as sementes da divisão foram, segundo consta, plantadas na estrutura da sociedade cipriota.
A administração colonial, por exemplo, formou uma força policial nativa composta de turcos cipriotas que receberam a ordem de anular os apelos à independência propagados por parte da população grega da ilha e que lutou contra o grupo militante grego, a Organização Nacional da Luta Cipriota (EOKA, na sigla em inglês).
Enquanto a ilha governava a si mesma após a rápida evacuação habitual da Grã-Bretanha de suas ex-colônias, a violência intercomunitária esporádica continuou a eclodir entre as populações turca e grega, cuja divisão só tinha sido fortalecida ainda mais. Em primeiro lugar, surgiram ideologias nacionalistas entre as duas populações, como o conceito grego de ‘Enosis’ (unificação com a Grécia) e o conceito turco de ‘Taksim’ (divisão da ilha).
Depois, houve o nacionalismo que foi doutrinado em ambas as comunidades ao longo das décadas, o exemplo mais claro sendo os ideais do fundador da República Turca, Mustafa Kemal Ataturk, sendo ensinados em escolas turcas cipriotas.
Após inúmeros episódios de violência, os mais populares em 1963-1964 e 1967, a situação atingiu o seu auge em 15 de julho de 1974, quando a Guarda Nacional cipriota – liderada pelas forças gregas sob a junta militar de Atenas – deu um golpe para unir a ilha com a Grécia.
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