Sociedade Musical de Arcos de Valdevez (Direcção: Maestro Valdemar Sequeira) interpreta IMPULSOS de Valdemar Sequeira - Festival Música e Monumentos - Campo do Trasladário (Anfiteatro) em Arcos de Valdevez_05.10.2021

“IMPULSOS” de Valdemar Sequeira
Obra escrita entre março e julho 2020 numa altura de confinamento
derivado a pandemia do SARS COVID-19

O início com um ostinato misterioso, servirá de base à *monodia do
oboé, que se vai enriquecendo e desenvolvendo entrelaçando-se com a
flauta, até chegarem a uma polifonia já com mais alguns instrumentos.
Voltamos à monodia para acabar esta secção numa cadência com
suspensão.
A secção seguinte começa com a chamada do trompete e tímpanos que
desemboca num Allegro enérgico. Desenvolve-se através da melodia,
onde voltamos a ouvir em evidência o oboé e a flauta. Esta melodia
começa com a alternância simples entre tónica e dominante seguindo-se
o seu desenvolvimento através do ciclo de quintas que desemboca nas
chamadas do trompete que, desta vez, servem de ponte para a nova
secção:
Um forte de metais poderoso e ricamente embelezado pelas madeiras e
percussão. Por cima da melodia dos metais, pontuada pela percussão, as
madeiras mantêm o movimento “frenético” através de arpejos, trilos e
outras figurações rápidas que não grande movimento e força a esta
secção.
Esta energia vai dissipar-se, de forma muito eficaz, através de escalas
descendentes e trémulos sobre uma harmonia constante. E assim
chegamos à nova secção:
Chamadas dos trompetes aos quais a banda reage com novas e
surpreendentes harmonias. Depois temos uma parte mais calma, quase
um coral ou uma marcha solene, que é interrompido por novas
chamadas dos trompetes que, desta vez são a ponte para uma nova
secção:
Uma Tarantela, com melodia em subdivisão ternária, acompanhada por
acordes curtos bem ritmados.
Depois desta ária aparece-nos uma belíssima melodia em oitavas no oboé
e na trompa. Aqui a harmonia é muito simples e algo serpenteante, como
que a procurar rumo.
Este hino liga-se à secção seguinte, um Allegro final, muito brilhante
heroico, com que termina esta obra.
*Modonia
polifónica do Renascimento para um estilo mais livre, dramático e disson
ante, baseado na monodia e nas convenções do baixo contínuo e
da harmonia

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