Passos que vem de longe!
Todo ano, no mês de agosto, acontece, no município de Cachoeira, na Bahia, a comovente Festa da Boa Morte. Trata-se de uma comemoração religiosa e ancestral afro-brasileira organizada pela Irmandade da Boa Morte. Nela, o sincretismo entre o catolicismo e o candomblé desperta o interesse de inúmeros turistas para conhecer mais essa história da nossa cultura diaspórica. A Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, composta por mulheres e senhoras negras, foi fundada em 1820 na Barroquinha, em Salvador, sendo transferida para Cachoeira após um período de forte violência. À santa, as devotas pediam o fim da escravidão, proteção e uma morte tranquila. Por todas as atrocidades sofridas, o povo escravizado via na morte uma libertação para os seus martírios. Para os iorubás, a morte é a religação entre o Aiê (o mundo físico) e o Orum (o mundo espiritual, onde vivem os orixás e eguns).
Conheça mais dessa história a partir das lentes do afroturismo e seu poder de transformar vidas e preservar culturas, redimensionando o olhar da sociedade para as práticas anti-racistas.
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