António J.L. Ribeiro, La Lys, 1ª Audição, I Émute, II Mars, III Brest, IV Flandre , V Opération "Georgette"
- Intérpretes
Ana Rita Oliveira, Beatriz Baião, Inês Pinto | Flauta
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Trio para Flautas -- "LA-LYS" (12' 09) -- António J. L. Ribeiro.
Nota do autor.
Esta peça baseia-se na participação de Portugal na primeira guerra mundial em Aire-sur-la-Lys. Aire-sur-la-Lys é uma comuna francesa na região administrativa de Nord-Pas-de-Calais, no departamento de Pas-de-Calais, onde Portugal, com 55.000 homens participou ao lado dos aliados na primeira guerra mundial.
ANDAMENTOS
I ÉMUTE -- (1'06) -- Em 1916 dá-se o início do transporte das tropas portuguesas para a Flandres. «O transporte das tropas dependia da logística britânica que emprestava os navios a Portugal e que não os tinha disponíveis em número suficiente. Em Lisboa, os soldados ficaram retidos vários dias à espera. Impacientaram-se e alguns amotinaram-se». Este primeiro andamento pretende descrever este episódio.
II MARS -- (3'20) -- A viagem das tropas portuguesas por terra e por mar até Brest é aqui representada por uma marcha.
III BREST -- (2'40) - As tropas finalmente chegam a Brest. Aqui precipita-se a noção da perigosidade da guerra. À chegada a Bret os militares portugueses começam a recordar os sonhos que deixaram suspensos nas suas terras,... "sabe-se lá se se perderão para sempre?".
IV FLANDRE -- (3'02) -- Este andamento deseja mostrar o estado de espirito dos jovens soldados e oficiais portugueses ao chegarem à flandres, ao local de aquartelamento já bem próximo do local de guerra. Aqui os jovens militares experimentam um sem número de sentimentos que vão da coragem ao medo e do amor pela pátria ao ódio.
V -- OPÉRATION «GEORGETTE» - (2') - Este será o último andamento.
Abril de 1918, os militares portugueses estão na frente de combate na região de la-Lys.
As tropas portuguesas entrincheiradas, defendiam, com uma clara inferioridade a todos os níveis, ao lado das tropas aliadas que formavam uma frente de aproximadamente 15 kl.
Os Alemães, sabendo que poderiam, com alguma facilidade, abrir uma brecha na parte portuguesa, uma vez que não lhes reconheciam quaisquer capacidades de resistência, fundamentalmente por falta de equipamento de guerra e falta de treino, atacaram a sua frente. Assim, em poucas horas, os portugueses foram derrotados, mas, apesar disso, os alemães não conseguiram alcançar os seus objetivos que consistiam em empurrar as tropas inglesas até ao Mar para assim obterem um tratado de paz com a França. A introdução inicial pretende revelar a perceção imediata das tropas portuguesas perante tamanha inferioridade e uma certa resignação, aquando da escavação das trincheiras como preparativo de defesa. Estas encontravam-se num terreno alagado e num plano inferior ao inimigo. Portanto, mesmo antes do início do combate, os portugueses aperceberam-se do desastre iminente.
Observações
Autorizada a publicação/divulgação pelo autor e pelos intérpretes.
Gravado ao vivo em:
ENCONTROS LUSO-BRASILEIROS DE FLAUTA
DIA 19 | 21h30 | Concerto VI, parte II
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- Programa
António J.L. Ribeiro, La Lys, 1ª Audição, I Émute, II Mars, III Brest, IV Flandre , V Opération "Georgette"
- Intérpretes
Ana Rita Oliveira, Beatriz Baião, Inês Pinto | Flauta
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