Olá! Bem vindos ao canal, nesse vídeo, narraremos mais uma carta psicografada de Chico Xavier, que conta a história dos primeiros momentos pós desencarne de um senhor, chamado Dr. Aluísio, de 63 anos de idade, que durante a vida desenvolveu atividades na agricultura e na advocacia.
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Dr. Aluísio e sua esposa Laudelina foram convidados para um almoço na casa da irmã, Vânia, e do cunhado, Dr. Carlos.
Na mesa, Aluísio inclina seu corpo para frente já sem vida. Carlos, o cunhado, tenta verificar o que estava ocorrendo, mas 5 minutos depois, Carlos também desfalece sem vida.
Aluísio e Carlos já eram portadores de doença cardíaca, e coincidentemente partem para o plano espiritual quase que no mesmo instante.
O desencarne dos dois ocorreu em 23 de maio de 1985 e 5 meses depois, em 18 de outubro do mesmo ano, Aluísio dá notícias à esposa Laudelina.
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Querida filha Maria Helena, Deus nos abençoe.
Ainda me encontro sob o trauma daquela visita aos nossos. O meu cunhado Carlos e eu estávamos tão contentes que nos assemelhávamos a duas crianças de regresso à casa dos pais. A sua tia Vânia não podia ser mais atenciosa. Tudo disposto com segurança e alegria para que o Carlos e eu pudéssemos conversar à vontade.
Lembro-me, vagamente, de que o almoço nos esperava e a minha felicidade era tão grande que me senti, repentinamente, transtornado. O coração me pareceu imobilizado.
Creio que deixei transparecer para meu cunhado aquele aborrecimento súbito, porque não conseguia mover-me.
Ele me chamou em voz alta, enquanto a Vânia buscava álcool para me umedecer os pulsos, assim acreditei, mas o coração, no peito, se me figurava um motor repentinamente imobilizado, sem possibilidades de conserto imediato.
Alguém disse: “— O Aluísio está morrendo…” Escutei estas palavras com espanto, porque embora não conseguisse falar, estava pensando com acerto.
O Carlos, no mesmo instante, foi retirado da sala em que nos achávamos e ouvi vozes aflitas anunciando que meu cunhado estava no fim. Mensageiros, recados, telefonemas e pedidos eram expedidos com urgência, mas a verdade é que ambos estávamos destinados à mesma renovação.
Ciente de que o cunhado estava, igualmente, passando pelo mesmo fenômeno que me assombrava, não mais tive forças para sustentar-me em posição certa, e somente não cai no piso do recinto porque mãos de pessoas amigas seguraram-me o corpo inerme.
A luta foi muito grande, dentro de meu cérebro, até que me veio a impressão de que eu tombara no desconhecido. Não sei se foi desmaio ou sono compulsivo.
Sei apenas que, nos últimos lampejos de lucidez, vi uma senhora que chegava para me socorrer. Não tive dificuldade para identificá-la. Era a querida mãe Maria Moreira, que se abeirou de meu corpo e me recolheu, como em outro tempo, quando na meninice me via estatelado no chão.
Junto dela, compareciam enfermeiros que me carregaram e nada mais vi.
Acordar daquela inconsciência foi outro prodígio que não compreendi. Queria que a nossa Laudelina estivesse comigo e com muito custo pude retomar a voz para saber de mãe Maria Moreira o que vinha ser tudo aquilo.
Soube, com evidentes expressões de medo e de incredulidade que o coração do Carlos e o meu haviam parado à feição de dois relógios, em cujo bojo a corda não mais funcionasse. O resto, minha filha, você pode entender, sem que eu tenha necessidade de entrar em pormenores.
Estou ainda abatido e atônito. O tempo ainda não me devolveu todas as faculdades, e falo a você com a fidelidade do pai que não deseja que a família fique sem informações.
Sei que a morte não existe, mas não sei explicar isso tanto quanto nunca soube explicar como foi o meu nascimento no mundo.
Se tento compreender tudo o que está me ocorrendo, noto que me atropelo mentalmente, e acabo absolutamente incapaz de prosseguir em elucidações para mim próprio.
Limito-me, aqui, a lhe agradecer o interesse pelo pai amigo, para sossegar igualmente a inquietação da mamãe Laudelina, que me foi a companheira dedicada, cujo carinho ignoro de que maneira agradecer.
Sei que o Carlos está em condições iguais às minhas, e agradeço à Vânia toda a caridade que me dispensou.
Console a nossa Laudelina, e transmita esperança e paz ao coração da nossa estimada Vânia.
Agora me retiro, em companhia de mãe Maria Moreira, que me auxiliou a escrever o que pude, satisfazendo ao seu pedido de notícias.
Pedindo a Jesus abençoar toda a nossa família, e muito grato à sua bondade de filha atenciosa, deixo-lhe aqui um grande abraço, o papai e seu servidor sempre grato, Aluísio Maciel. #espiritismo #espiritualidade #espíritos #fé #amor #caridade #compaixão #psicografia #cartapsicografada #mensagem #deus #jesus #evolucaoespiritual
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