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Escondidas sob as águas de Porto de Kingston, na Jamaica, estão as ruínas da maior cidade pirata de todos os tempos, Port Royal.
"1692: Port Royal submerso após um terremoto e tsunami (Jamaica)
Port Royal foi a sede do governo britânico na Jamaica e a principal base pesqueira e comercial
da ilha durante o século XVII. No seu apogeu, acolheu também um grande número de
piratas que sob proteção britânica atacaram navios espanhóis e franceses.
Foi destruído por um grande terremoto em 7 de junho de 1692, durante o qual dois terços da
cidade afundou nas águas do mar do Caribe. Após este desastre, a atividade comercial da
ilha mudou-se para a cidade de Kingston, atual capital da Jamaica.
Os tsunamis subsequentes erodiram ainda mais a terra, submergindo para sempre a maior parte
parte da cidade, embora sem realmente destruí-la.
Como resultado, os arqueólogos subaquáticos foram capazes de encontrar e investigar edifícios virtualmente
intactos, tal como estavam no momento da catástrofe. Entre 1.000 e 3.000
pessoas morreram como resultado do terremoto e do impacto das ondas gigantes que
seguido. Alguns dos observadores contemporâneos não hesitaram em qualificar tal destruição como
um ato de Deus, destinado a punir uma população cheia de pecadores.
O terço da população foi objeto de reconstrução nos anos seguintes, embora não sem
poucos problemas. Em 1704 o que restava da cidade foi destruído em um grande incêndio e na
décadas seguintes, as tentativas de reconstrução foram prejudicadas pelo impacto de inúmeras
furacões A sede do governador foi transferida para Spanish Town e o porto de Kingston recebeu
então o volume de tráfego marítimo que até então passava por Port Royal.441
Conhecida como a “Cidade Mais Malvada da Terra”, devido à grande concentração de piratas,
prostitutas e rum, Port Royal era famosa por ser a única cidade a afundar no Novo Mundo.
Em 1981, o Programa de Arqueologia Náutica do Texas em colaboração com o Instituto de Arqueologia
Patrimônio Náutico e Nacional da Jamaica, iniciou investigações arqueológicas
debaixo d'água da parte submersa da cidade."
(FERRADAS, Pedro. Memória também é futuro. História mundial dos desastres. Lima: Soluções Práticas, 2015, p. 146).
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