Michael Sullivan | feat Raimundo Fagner l Podcast de Música

Lenda viva da música brasileira, Michael Sullivan protagonizou um dos mais divertidos papos do podcast.

Autor de sucessos como ‘Me Dê Motivo’, inesquecível na voz de Tim Maia, ‘Um Dia De Domingo’, feita especialmente para Gal Costa, e ‘Whiskie A Go Go’, clássico do Roupa Nova, o compositor falou, entre outras coisas, sobre sua parceria com Paulo Massadas e os temas infantis criados para Xuxa e Trem da Alegria nos anos 80: “O segredo era fazer como se fosse pra adultos” - revela.

Nascido Ivanilton de Souza Lima, o pernambucano só adotou o nome artístico que o consagraria quando, ainda membro do Renato e Seus Blue Caps, gravou a canção ‘My Life’, cujo compacto venderia mais de 1 milhão de cópias. Segundo ele, o dinheiro ganho com o disco na época o permitiu comprar um apartamento.

Mais inusitada, porém, que as histórias de Sullivan, só o encontro com Fagner, para quem aliás o músico compôs ‘Deslizes’, uma das mais belas de seu inacreditável repertório de duas mil canções. De passagem pelo estúdio Casa 5 no momento da gravação, o cantor cearense acabou ficando para assistir e, com o senso de humor que lhe é peculiar, também aproveitou pra soltar o verbo.
Nas poucas intervenções que fez, Fagner deu conta de dizer que “quem gosta de bossa nova é japonês e americano”, que “os filhos do Simonal não sabem quem foi o pai” e que “os comunistas da imprensa mereciam o Bolsonaro”. Polêmico como sempre, ele diz ainda que saiu da gravadora por causa do RPM, que deixou de gravar um disco com o produtor dos Beatles, George Martin, para gravar com Lincoln Olivetti, e que certa vez até chamou o Lobão pro pau!

A entrevista, que ainda contou como auxílio luxuoso de Marcos Sketch - fã e profundo conhecedor da obra de Sullivan -, aborda ainda o preconceito sofrido pela nata da MPB que, ainda segundo Fagner, “sempre cantou para a elite e vendia pouco”, ao passo que eles faziam música para o povo.

Eis alguns dos melhores momentos do podcast com Michael Sullivan
0:39 a 1:40 "Tudo começou quando eu cheguei no Rio e o dinheiro acabou em 15 dias"
13:30 a 14:35 "Na época dava pra comprar um apartamento"
21:37 a 22:37 Como foi criado o nome Michael Sulivan
29:49 a 30:50 A primeira parceria com Paulo Massadas: Me Dê Motivo
33:07 a 34:08 "O Tim Maia quase não gravou essa música"
34:51 a 35:51 "A música Leva era como se fosse a rádio falando"
38:27 a 39:27 Fagner: "Saí da gravadora por causa do RPM com um cheque de 1 milhão de dólares"
45:14 a 46:15 "Quando ouvi Menina Veneno eu chapei"
49:39 a 50:52 "A inspiração sempre surge da melodia"
53:32 a 54:40 "Ninguém entende minhas melodias como o Paulo Massadas"
56:42 a 57:40 "As pessoas se casam só pra ouvir Whiskie a Go Go na festa"
1:00:11 a 1:01:21 Como nasceu Um dia de Domingo
1:04:14 a 1:05:13 "O Tim cismou que queria casa com a Gal"
1:13:38 a 1:14:52 Xuxa e Trem da Alegria
1:14:54 a 1:15:58 "O segredo era fazer como se fosse pra adulto"
1:20:06 a 1:21:06 "Não tem como explicar alguém fazer duas mil músicas... É Deus"
1:32:11 a 1:33:10 Fagner: "Deixei de gravar um disco com o George Martin pra gravar com o Lincoln Olivetti"
1:36:10 a 1:37:13 "O Quincy Jones pediu pro Lincoln Olivetti reger a orquestra"
1:42:07 a 1:43:15 Fagner: "Quem gosta de bossa nova é japonês e americano"
1:43:15 a 1:44:10 Fagner: "A imprensa e esses comunistas todos mereciam um Bolsonaro"
1:44:46 a 1:45:46 Fagner: "Os filhos do Simonal não sabem quem foi o pai. Chamei o Lobão pro pau"
1:47:04 a 1:48:04 Preconceito da elite da MPB



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