UMA DAS OBRAS-PRIMAS DE JOAQUIM LUIZ GOMES!
Esta gravação data de 26 de Março de 1998, foi efectuada nos Estúdios Namouche, em Lisboa, e pertence à Banda 3 do Disco Compacto CD editado pela “Jorsom” com o nome “Alvarenga em Marcha”, disco em que a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, sob a direcção do maestro Capitão Jacinto Montezo, interrpeta vários números musicais do seu reportório.
São eles a Marcha Colossal de José da Silva Domingues, a marcha de concerto “Floripes, A Pastora Portuguesa” de Sebastião Ribeiro, segundo transcrição para banda sinfónica de Joaquim Fernandes Fão, as marchas de concerto “De Capa e Espada” de Mendes Canhão e “Alvarenga em Marcha” de Fernando Mendes (Contrabaixo da Orquestra Sinfónica da RDP), a fantasia sinfónica “O Templo de Diana” de Duarte Pestana” e a “Rapsódia em Fado” de Joaquim Luiz Gomes que escutamos aqui.
Claramente influenciada pela “Rapsódia em Balada (Rhapsody in Blue)” de George Gershwin, trata-se duma rapsódia para Banda Sinfónica, que foi escrita entre 1957 e 1970, encontrava-se Joaquim Luiz Gomes na 3ª Secção do Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, na condição de Compositor e Director da Orquestra Ligeira no programa radiofónico “Canções de Portugal”, programa que foi um dos grandes êxitos da “rádio-soldado”.
Esta Rapsódia caracteriza-se por ter uma linguagem musical que reflecte em forma de “Rondó”, na alternância, no estribilho e nas copulas, de certa maneira, a canção urbana de Lisboa e Coimbra, e pretende o autor colocar em diálogo essa gama expressiva, dar uma contribuição pessoal à nossa música popular, cuja raiz portuguesa, isenta de quaisquer influências, reafirma valores muito enraizados no nosso povo.
Imensamente tocada no reportório das mais diversas Bandas Sinfónicas e Orquestras de Sopros, com destaque para a Banda da Armada, a Orquestra de Sopros do Cine-Teatro Paraíso, a Banda Sinfónica Portuguesa ou a Orquestra de Sopros da Escola Superior de Música de Lisboa, esta foi a sua 1ª patente em disco, considerada como a mais bem-sucedida de sempre, pela Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, sob a direcção de Jacinto Montezo, banda para a qual esta obra foi concebida, e onde participa como 1º Trombone o meu querido amigo Filipe Sabino, responsável pela cedência deste fonograma através do seu filho Nuno, que me enviou o CD completo via Internet, e que me pediu encarecidamente para publicar esta música, assim que tivesse oportunidade.
Oportunidade essa que surge agora nesta postagem, do qual espero que gostem.
