AMARGURADA com PAIOZINHO E ZÉ TAPERA – Guarânia de Goiá e Paiozinho. Gravação Continental – A primeira gravação desta guarânia, foi feita com o Patrício, em 1.958, quando o trio tinha esta formação – Paiozinho, Patrício e Pirigoso. Gravação realizada em 1.958, editada em 1.959, com dois lançamentos, quase que simultâneos; o primeiro pelo selo oficial da gravadora e o segundo pelo Selo Caboclo-Continental. Neste mesmo ano – 1.959 – foi feita esta regravação já com a dupla oficial – Paiozinho e Zé Tapera – se completando com o acordeonista Pirigoso. Era a volta da grande dupla, após alguns anos de separação. Tempo em que o Zé Tapera participou da Companhia Teatral da Dupla Coração do Brasil, e formou a dupla “Zé Tapera e Chiquinho” com Francisco Peres, irmão caçula de Tonico e Tinoco. Dupla que lançou alguns clássicos sertanejos, como “Paraguaia”, “Artista de Circo”, “A Viola e o Cantador”, além de “Passagens da Vida” que se tornou “Véio Pai” com Tonico e Tinoco, e além, também, da feliz regravação de “Gaúcho Velho”. Enquanto isso, o Paiozinho cantou e gravou com nada menos que três parceiros – Cafezinho, Zé da Estrada, Patrício – e sempre com grande sucesso.
Cantem com Paiozinho e Zé Tapera

AMARGURADA
Não suportando a sua ausência, eu a procurei
E ao chegar em um falso ambiente, eu a encontrei
Pela cortina de uma janela, eu vi meu amor
Trocando beijos nos braços de outro, eu chorei de dor.
A longa noite calma foi passando, veio a madrugada
Embriagada debruçou na mesa e sozinha ficou
Amargurada pela grande mágoa, tinha em suas mãos
Era o retrato do dia sagrado da nossa união.

Chamei seu nome, ela conheceu e veio me abraçar
Quis me beijar, mas os seus carinhos eu não aceitei
E dos seus olhos vi quando caíam lágrimas de dor
Por compreender que chegou ao fim de um grande amor.
Dei meu adeus àquela mulher que foi minha vida
E do seu dedo tirei a aliança que uniu nosso amor
Saiu chorando e nas sombras da noite desapareceu
Desiludida seguindo o caminho que o mundo lhe deu.

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