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A história da moeda de bronze de 40 reis, depois conhecida por “Pataco”, vai começar com a aprovação pela Regência, dos desenhos e somente daquela moeda por ordenação do Palácio do Governo a 29 de outubro de 1811.
Criado para rebater a praga do papel-moeda em circulação “Apólices do Real Erário” e para facilitar as pequenas transações, o Pataco teve como principal iniciador da sua cunhagem o provedor da Casa da Moeda – Alexandre António das Neves.
O seu entusiasmo pelos lucros da senhoriagem, que poderia chegar aos 100%, levou-o quase a atingir o fanatismo. Como havia falta de metal, pediu ao governo que lhe fornecessem todo o tipo de peças de artilharia e de outros utensílios considerados inúteis.
“Considerando a precária situação da Fazenda Pública” foi, pelo decreto de 29 de Outubro de 1811, do príncipe regente D. João, aprovado o curso forçado da moeda de bronze de 40 reis, prometendo ser moderada a sua emissão, o que não se cumpriu.
Os reinados seguintes lançaram mão deste mesmo expediente para tirar de apuros financeiros a governação pública.
Nas moedas a partir de 1818 foi adotado o novo escudo de armas, esfera armilar sob o escudo nacional, resultado do trabalho de abertura dos cunhos por Simão Francisco dos Santos e Cipriano da Silva Moreira.
Desde 1811 até ao final do reinado de D. João VI em 1826, foram utilizadas cerca de 645 toneladas de bronze, que produziram 718 contos de reis, quando a autorização primitiva era para 200 contos de reis somente!
Em 1816, D. Maria I falece e D. João após mais de 15 anos como regente, assume finalmente o título de D. João VI, mas não se fica por essa formalidade, empreende uma autêntica revolução institucional. A capital do O Reino de Portugal e dos Algarves passa a ser oficialmente o Rio de Janeiro, no Brasil, e funda-se um novo conceito de monarquia lusa, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, as novas armas do reino são as armas de Portugal sobre a esfera armilar, assim, tanto a bandeira (branca com a esfera e escudo) como as moedas e todas as outras representações oficiais passam a incorporar a esfera armilar.
Com a crise política de mãos dadas com a crise económica, o Pataco era a moeda de recurso para tentar melhorar as finanças, com mais de 4 milhões de moedas cunhadas em dois anos e com pouco investimento.
Verifica-se nos patacos deste rei uma modificação em relação aos nascidos em 1811 pois, primitivamente, apresentavam, no anverso, a efígie do soberano e, no reverso as Armas do Reino, com a legenda UTILITATI PUBLICAE; agora figuram, para substituir a imagem do rei, no anverso, as Armas do Reino, assim como surge, no reverso, a legenda PUBLICAE UTILITATI, isto é, a permuta da postura da expressão.
Durante o reinado conturbado de D. Maria II fizeram-se vários lavramentos, estando incluídas nas respetivas moedas algumas que se apresentam com datas que se baralham as de seu antecessor, D. Miguel I.
Porque os problemas financeiros assim o coagiram, na altura do cerco do Porto, o regente ordenou a amoedação do bronze, pois que proporcionava uma senhoriagem mais elevada em relação aos diversos metais, o que originou, em 1833, a cunhagem nessa cidade de moedas de 40 réis, as quais chegaram mesmo a girar. Esses patacos apresentam o escudo na sua parte cimeira terminando em bicos, que se salientam dos lados, assim como mostram a legenda do reverso, UTILITATI PUBLICAE, disposta da maneira como soia cunhar-se nessas moedas anteriormente à modificação imprimida pelo governo ilegal do usurpador D. Miguel, o que muito facilita a sua distinção.
Após a entrada das tropas libertadoras na capital do reino, imediatamente se lavrou moeda em nome da soberana; e no final de 1833 trabalhava-se intensivamente no fabrico dos patacos, idênticos aos de D. Miguel, divergindo, unicamente, no nome do reinante.
A certa altura, supôs-se que havia findado a emissão da moeda de bronze que, dava a impressão, iria ser o singular metal a correr nos mercados do País, provocando inevitáveis consequências desastrosas para a transação comercial interna e externa, mas, inesperadamente, a Junta do Porto, em 1847, voltou a utilizar este expediente ou meio pecuniário, mandando cunhar em certa oficina um numeroso lote de patacos que ia mesmo aos milhares.
Tais moedas que somente se distinguiam das lavradas em 1834, por nelas figurarem o ano e terem as armas do reino em paralelo ao reverso, igualmente às antigas, sofreram a proibição de giro por decreto de D. Maria II de 16 de março de 1847. Concluída que foi a pugna, houve ordem para serem retiradas da circulação a fim de serem carimbadas ou marcadas com o carimbo G. C. P. (Governo Civil do Porto) para poderem circular legalmente.
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