AMOR EM SEGREDO
(claudionor & nicanor)
NICANOR & PALMERI
Nivaldo Pedro da Silveira (Silveira) nasceu em Uberaba, no estado de Minas Gerais, no dia 20 de maio de 1934, e faleceu no dia 02 de fevereiro de 1999, em São Paulo.
Silveira trabalhava no campo e chegou a cantar com Barrinha em festivais que eram realizados na região onde nasceram. Silveira, porém, continuou estudando em Conquista. Chegou inclusive a formar uma dupla com seu primo Claudionor Silveira (Professor de viola no estado de Minas Gerais).
Em uma viagem de trem para Uberaba, por ocasião de uma festa de fim de ano, vários anos depois, Silveira, que dedilhava uma viola, reencontrou Barrinha, que lhe mostrou, então, uma música que ele havia composto durante uma viagem de São Paulo a Goiás.
Os dois começaram a cantar e logo se juntou uma pequena multidão que passou a apreciar o trabalho da nova dupla que nascia naquele momento naquele vagão de trem.
Após um longo tempo e muitos ensaios, Silveira e Barrinha viajaram para o Rio de Janeiro, onde se encontraram com o diretor da Continental que, por sua vez, aconselhou-os a voltar para São Paulo. A dupla nessa época também cantava nos comícios de um deputado que estava em campanha eleitoral.
Ainda na capital paulista, Silveira e Barrinha se encontraram casualmente com um diretor da Continental, num elevador na sede da gravadora. Achando engraçado o jeito caipira da dupla, ele pediu para que cantassem ali mesmo, ocasião em que também estava presente a cantora Marlene, que gostou e aplaudiu a dupla até então desconhecida.
E, finalmente, no mês de março de 1955, Silveira e Barrinha lançaram seu primeiro disco 78 rpm pela Continental, tendo num lado o rasqueado "Bugra" e no outro lado, o cururú "Macho Baio Rompedor".
No ano seguinte, a dupla gravou outro disco 78 rpm com o cururú "De São Paulo Para Goiás" (a mesma música que Barrinha havia mostrado ao Silveira naquele trem), e o rasqueado "Morena de 18 Anos".
Silveira e Barrinha também trabalharam na Rádio Nacional de São Paulo, no programa de Nhô Zé, que era apresentado pelos compositores Anacleto Rosas Jr e Arlindo Pinto.
Algum tempo depois a dupla retornou ao Rio de Janeiro onde passou a fazer sucesso na Rádio Mayrink Veiga. Foi nessa época, em 1959, que eles lançaram "Linda Cigana", que foi um dos maiores sucessos da dupla.
Ao final da década de 50, Silveira e Barrinha fizeram uma longa tourneé, na qual percorreram quase todos os estados brasileiros, ocasião na qual passaram a ser conhecidos como a "Dupla dos 22 Estados".
A dupla Silveira e Barrinha também se notabilizou por ter sido pioneira em declamar pequenos poemas no meio de canções sertanejas.
O sucesso da dupla era cada vez maior no início da década de 60 e, em 1962, eles gravaram "A Embolada do Bi", que homenageou a Seleção Brasileira de Futebol que havia conquistado o Bi-Campeonato na Copa do Mundo que se realizou no Chile,
naquele ano.
Como lamentavelmente é comum acontecer às duplas de sucesso, fofocas diversas e o diz-que-diz de falsos amigos acabaram por separar a dupla "Silveira e Barrinha", em 1964, após mais de 10 anos de sucesso.
Silveira formou nova dupla com seu irmão Silveirinha, um dos seus 20 irmãos.
Silveira e Barrinha juntaram novamente suas vozes e o relançamento da dupla se deu num circo na cidade de Dracena/SP, atendendo aos apelos de seus fãs. E prosseguiram cantando em dupla por mais oito anos, tendo gravado o último LP no ano de 1982, pela gravadora Xororó.
Com o falecimento do Barrinha em 1984, vítima de doença de Chagas, Silveira prosseguiu sua carreira musical novamente em dupla com seu irmão Silveirinha.
Com o falecimento do Silveirinha em 1993, Silveira decidiu seguir mais adiante com a carreira musical e formou uma nova dupla com seu outro irmão, o Nicanor, e em 1997, foi lançado o CD "Os Irmãos Silveira". Silveira faleceu em 1999, em São Paulo.
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