Conhecido por seus gracejos no Pânico, André Marinho é filho de Paulo Marinho, suplente do Senador Flávio Bolsonaro. Sem capacidade para obter votos, mas com muita sede de poder, a única chance de Paulo ter mandato é derrubando Flávio.
No programa Flow, André disse que sua família estava decepcionada por não ter sido convidada para a posse presidencial de Jair Bolsonaro, expondo notório traço de vaidade. Mas o fato determinante para "romperem com Bolsonaro" (nunca estiveram juntos de verdade) foi um projeto pessoal de poder.
A família Marinho - não confundir com os da Globo - aproximou-se de João Doria, presidente do LIDE (organização de lobby pela qual benefícios são angariados após a intermediação de negócios). Então, André foi indicado por Dória para presidir o LIDE Futuro, divisão jovem do grupo.
Recentemente o parceiro de Dória na China, o advogado Marcelo Braga, foi exposto em reportagens como braço chinês do LIDE. Talvez venha daí a pergunta de André Marinho para mim no Pânico, pedindo que eu não critique o país asiático. Repare: o mesmo que me atacou é nascido em berço de ouro e vive de contatos do pai, apesar de repetir que se fez por si só na iniciativa privada. Comovente...
Como disse, Paulo Marinho tem sede de poder e mesmo sem a atenção que tentou obter de Bolsonaro, queria botar adiante seu projeto político pessoal. Unido a seu amigo de décadas Gustavo Bebianno e a Doria, tentou se candidatar a prefeito do Rio pelo PSDB em 2020, desistindo para não passar vergonha com a escassez de votos.
Este é André Marinho, usando um programa com décadas de sucesso como mero palanque para um projeto de poder familiar. E, repare, mesmo em suas performances, o "artista" costuma fazer imitações elogiosas para figuras como João Doria (chegando a repetir slogans de seu governo), enquanto tenta atacar o Presidente Bolsonaro. Críticas fazem parte do humorismo, claro, mas elas devem atingir a todos, não somente a quem te interessa em suas ambições políticas (e não sou eu quem falo, esta é reclamação frequente do público nos comentários dos vídeos do Pânico).
Falando nisso nisso, não nego que é talentoso em imitações. Prova é que já aprendeu perfeitamente a copiar a velha política que tanto finge criticar, enquanto se associa à escória da política nacional (como Doria, MBL e outros). E, em 2022, é muito provável que o jovem tente o que seu pai nunca foi capaz: se eleger, prometendo ser novidade enquanto age exatamente da maneira que o povo mais detesta.
Mesmo com a presença de tal figura, sigo sendo muito grato à Jovem Pan e ao Programa Pânico pelo espaço. Agradeço ao convite, à super competente produção e ao elenco e saio satisfeito com o resultado (creio que o público também, tendo em vista os altos números de audiência e a esmagadora maioria de curtidas em todos os vídeos com minha participação no programa). Obrigado 👍
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