O Chile vai indenizar as vítimas de prisão política e tortura na ditadura militar de Augusto Pinochet, que foi de 1973 a 1990. O congresso aprovou a compensação equivalente a cerca de cinco mil e seiscentos reais, para as pessoas qualificadas nas listas da comissão Valech de política e tortura.
A comissão foi criada em 2003 pelo governo do presidente Ricardo Lagos. Segundo números oficiais, cerca de três mil e duzentos chilenos morreram nas mãos dos agentes de Pinochet. Quase mil e duzentos ainda são considerados desaparecidos. Trinta e três mil pessoas foram presas e torturadas.
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O Chile sempre foi apontado por empresários brasileiros como um modelo a ser seguido por nós, por sua política econômica liberal, sua política de exportação e de abertura para o mercado global. Sobre a política chilena de investigar os crimes da ditadura, julgar e pôr na cadeia policiais torturadores e militares homicidas, nunca se ouviu um pio. Aqui no Brasil, o coronel Brilhante Ustra morreu velho e tranquilo, sem ser incomodado. Ele chefiou o doi-codi, onde se torturaram e mataram prisioneiros políticos e nenhum governo, nenhum, tucano ou petista, quis enfrentar a questão a sério. Deram as costas ao problema e foram cuidar de suas alianças e conveniências.
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