Dizendo que viu “com surpresa” a iniciativa do senador Roberto Menia (FdI), o ex-deputado Roberto Lorenzato (Lega) classificou o projeto que pretende mudar a Lei da Cidadania italiana, protocolada no Senado no início do mês sob o número 752, como uma “confusão jurídica”. “Menia não domina o assunto”, disse Lorenzato, e está, mais uma vez, tratando a naturalização de estrangeiros “como cidadãos italianos nascidos no exterior com direito de sangue”.
Segundo ainda Lorenzato, ao citar “italiano nascido na Itália”, o projeto “traz incidentalmente uma forma híbrida do jus soli que nós (Salvini, Meloni, Berlusconi) tanto combatemos”. Pior ainda: “ele também cria o jus scholae” ao exigir o conhecimento da língua italiana através de um certificado fornecido por alguma instituição escolar, que Giorgia Meloni (secretária do partido de Menia e atual presidente do Conselho de Ministros) tanto combateu".
Para o ex-deputado, que continua ligado ao partido da Lega, integrante da base do governo, a proposta do senador Menia cria dois tipos de italiano: “aquele que nasceu na Itália, e aquele que nasceu fora da Itália. O que nasceu na Itália poderá passar [a cidadania] até o bisneto; aquele que nasceu em Nova Iorque, não”. O Parlamento precisa entender que "nós somos italianos como eles”.
Lorenzato informou durante vídeo-entrevista exclusiva que concedeu a Insieme na manhã de hoje que está preparando um dossiê que enviará às lideranças de centro-direita para explicar que aquilo que o senador Menia fala sobre comércio de cidadania e passaportes “não é verdade”. “As pessoas são italianas, foram tolhidas em seu direito de ter a cidadania reconhecida, são obrigadas a ficar na fila por 13, 14 anos e o que resta para quem tem amor pela Itália?”
Ele mesmo responde: “Ou vai para a Itália assessorado por coyotes e usa residência falsa – e eu sou contrário a isso – ou busca seu direito na Justiça”. E a Justiça, observa a seguir, “por milhares de vezes reconheceu que são italianos desde a data do nascimento”, tendo sentenciado no ano passado que para perder a cidadania italiana é preciso que haja uma renúncia expressa. “Isso é pacífico, e, portanto, este projeto de lei do senador Menia é inconstitucional”.
Ver mais em: [ Ссылка ]
Vídeo vinculado à edição 287 da Revista Insieme.
Ещё видео!