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Você sabia que o seu coração pode bater mais lento do que o normal? Esse fenômeno é chamado de bradicardia e pode ter várias causas. Neste vídeo, vamos explicar o que é a bradicardia, quais são os seus sintomas, como ela é diagnosticada e quais são as 6 principais causas dessa condição.
A bradicardia é definida como uma frequência cardíaca inferior a 50 batimentos por minuto (bpm). Isso significa que o seu coração está bombeando menos sangue para o seu corpo do que o necessário. A bradicardia pode ser normal em algumas pessoas, especialmente em atletas ou pessoas que praticam exercícios físicos regularmente. Porém, em outros casos, a bradicardia pode indicar um problema no sistema elétrico do coração, que é responsável por regular o ritmo cardíaco.
Os sintomas da bradicardia podem variar de acordo com a gravidade da condição. Algumas pessoas podem não apresentar nenhum sintoma, enquanto outras podem sentir tonturas, fraqueza, fadiga, falta de ar, dor no peito, confusão mental ou desmaios. A bradicardia pode aumentar o risco de complicações como insuficiência cardíaca, pressão baixa, angina, infarto ou morte súbita.
Para diagnosticar a bradicardia, o médico pode realizar um exame físico e solicitar alguns exames complementares, como um eletrocardiograma (ECG), um holter (um aparelho que monitora o ritmo cardíaco por 24 horas), um teste ergométrico (um teste de esforço) ou um estudo eletrofisiológico (um procedimento invasivo que avalia o funcionamento do sistema elétrico do coração).
As causas da bradicardia podem ser divididas em duas categorias: extrínsecas e intrínsecas. As causas extrínsecas são aquelas que afetam o coração de fora para dentro, como medicamentos, hipotireoidismo, hipotermia ou distúrbios do sono. As causas intrínsecas são aquelas que afetam o coração de dentro para fora, como doenças cardíacas, envelhecimento, infecções ou genética.
As 6 principais causas da bradicardia são:
- Medicamentos: alguns remédios usados para tratar a hipertensão, a arritmia ou a angina podem diminuir a frequência cardíaca como efeito colateral. Alguns exemplos são os betabloqueadores, os bloqueadores dos canais de cálcio, os digitálicos e os antiarrítmicos.
- Hipotireoidismo: é uma condição em que a glândula tireoide produz menos hormônios do que o necessário para regular o metabolismo do corpo. O hipotireoidismo pode causar bradicardia por diminuir a demanda de oxigênio do organismo.
- Bom condicionamento físico: atletas tem um corpo muito eficiente e por isso o coração pode bater mais devagar, sendo o suficiente para suprir a necessidade dos organismo.
- Relaxamento intenso: durante o relaxamento intenso o coração pode ter uma frequência cardíaca abaixo de 50bpm em algumas pessoas, sendo isso normal.
- Arritmias: algumas doenças que afetam o músculo cardíaco ou o sistema de condução levando a uma diminuição do número de batimentos, como ocorre na doença do nó sinusal.
- Envelhecimento: com o passar dos anos, o sistema elétrico do coração pode sofrer um desgaste natural e apresentar defeitos ou bloqueios. Esses defeitos podem causar bradicardia por impedir que os impulsos elétricos cheguem ao coração de forma adequada.
O tratamento da bradicardia depende da causa, dos sintomas e da gravidade da condição. Em alguns casos, a bradicardia pode não requerer nenhum tratamento específico, apenas um acompanhamento médico regular. Em outros casos, o tratamento pode envolver a suspensão ou a troca de medicamentos, a correção de distúrbios hormonais ou metabólicos, o uso de marcapasso (um dispositivo que estimula eletricamente o coração) ou a realização de cirurgias cardíacas.
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Dr. Cotta Junior
Especialista em Cardiologia (RQE Nº: 4559) e Medico de Família e Comunidade (RQE Nº: 2157) com título reconhecido pela Associação Médica Brasileira - AMB.
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