“Eu gosto muito de ler gibis da turma da Mônica”. Ana é uma menina muito alegre. Adora ler e cantar e vive feliz na companhia de seus pais, familiares e amigos.
Mas como é ser mãe ou pai de uma criança atípica? Antes de falar sobre isso, você já ouviu?
“Às vezes me perguntam como é ser pai de uma criança autista. Para mim, filho é como a Ana Rosa é. E a gente gosta dela do jeitinho que ela é: carinhosa e atenciosa conosco.
O primeiro susto que os pais de uma criança autista levam é: o que o meu filho vai ser, o que a minha filha vai ser quando crescer? Não sei! A gente gosta muito de fazer planos pelos filhos e, às vezes, de comandar a vida deles. Nem precisa ser autista para isso. Esqueça o que o seu filho vai ser no futuro. Dê apoio a ele no presente. Isso é que vai moldar essa pessoa, essa criança, e vai permitir que ela tenha futuro. Seja um pai presente”, diz José Vitor, pai da Ana Rosa, autista.
Em nossa sociedade, existe uma visão distorcida da maternidade e da paternidade atípicas. As pessoas acham que amar e cuidar de um filho com deficiência é um grande feito. Por vezes os pais ouvem coisas como "se fosse comigo, eu não aguentaria" ou "você é um herói". Será que é isso que eles querem ouvir?
Que tal experienciar conviver com pessoas que se parecem diferente de você e de seus filhos? Que tal mudar de perspectiva e enxergar a beleza de criar um filho livre dos padrões e livre para ser somente o que ele é?
Os pais e mães de crianças autistas têm a oportunidade de vibrar com cada pequena conquista e comemorá-la. A sociedade e os pais estão acostumados a reparar e almejar os grandes feitos. Será que não é hora de ver a vida com mais paciência e delicadeza? De se realizar com o que o seu filho é?
Abrace todas as existências e a diversidade humana! Mude de perspectiva e conheça as entrelinhas do autismo!
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