O SARS-CoV-2 tem um formato esférico, com pontas que se fixam a uma proteína na superfície das células humanas chamada ECA2. Parece uma versão microscópica daqueles carrapichos que grudam nas meias depois de caminharmos na grama.
À diferença de outros coronavírus conhecidos é que o SARS-CoV-2 possui uma característica única em uma parte de suas espículas. Esse fragmento da espícula se assemelha às toxinas bacterianas conhecidas como superantígenos — proteínas que geram reação excessiva das células T, agente vital do nosso sistema imunológico.
As pesquisas simbiogênicas indicaram que a versão grave da covid-19 resulta de uma reação exagerada do sistema imunológico ao coronavírus, causando sequências de inflamação excessiva que danificam muitas partes do nosso organismo de forma permanente. As infecções sanguíneas são como sepse ou síndrome do choque tóxico relacionada à infecção bacteriana.
Essa revelação pode estabelecer uma conexão sobre como e por que o coronavírus causa outros tipos de hiperinflamação.
Finalmente encontramos o segmento viral da espícula que pode causar todas essas respostas imunológicas.
Também os adultos contaminados pelo vírus podem desenvolver uma doença grave com sintomas cardiovasculares, gastrointestinais, dermatológicos e neurológicos mesmo sem doença respiratória grave. Por que? Por que as citocinas entraram na corrente sanguínea e se instalaram nos órgãos.
Resumindo
1. Monitorar as citocinas causadoras das inflamações, sobretudo a interleucina 6 salvará vidas. Essas são - como vimos - as moléculas humanas que devido a quebra da homeostase ataca nós mesmos causando inflamações. Indicando que poderá ter ou não tempestade de citocina.
2. Equipar os hospitais de máquinas nos leitos que permitam dosar a interleucina 6 - IL-6.
3. Realizar exames de sangue também poderiam então ajudar. E não são feitos ainda em laboratórios poderiam ser feitos através de monitoramento da Interleucina 6 – IL-6. Os laboratórios não fazendo isso é possível por técnica de citometria de fluxo.
4. Então é muito importante bloquear também a atividade da IL ‐ 6, reduzindo a agressão da imunossupressão retirando os antimetabólitos, descontinuando ou reduzindo significativamente um inibidor mantendo pequenas doses de esteróides.
5. Em estágios mais avançados de COVID ‐ 19 (síndrome da tempestade de citocinas), o tratamento provavelmente deve se concentrar na redução da inflamação descontrolada, bloqueando a IL ‐ 6, TNF ‐ alfa ou removendo as citocinas por hemoperfusão.
6. Por isso reforço a necessidade de criarmos um protocolo de exames antes da alta de pacientes graves que podem estar ainda levando citocinas em outros órgãos além do pulmão (coração e rim e pâncreas principalmente).
A falta de Interferon é PODE SER fundamental para desorganizar as reações frente ao novo visitante pelo o nosso sistema imune. Além disso, a IL ‐ 6 induzindo a supressão da sinalização de citocinas (SOCS ‐ 3) e aumentando a expressão de PD ‐ 1 paralisa a resposta antiviral mediada por células durante uma tempestade de citocinas.
Apesar disso, os anticorpos de alguns pacientes curados, principalmente do tipo IgG, são específicos contra determinadas partes do vírus, mas identificam citocinas nos órgãos dos pacientes em alta. Por isso clamo pelo tal exame de sangue de citometria de fluxo.
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Gilson Lima. Cientista aposentado depois de décadas de atuação independente sobre múltiplos campos da vida e da tecnologia na complexidade. Criou a teoria não natural da simbiogênese cooperativa na evolução cérebro, máquinas, corpos e sociedade. Foi por vários anos pesquisador acadêmico e industrial coordenando bancadas de pesquisas de ciência de ponta, tecnologia e protocolos de neuroreabilitação em diferentes cidades e diferentes países principalmente, europeus.
Tem formação original humanística e foi voltando seus estudos e pesquisas desde o início dos anos 90 para a abordagem da complexidade nas metodologias informacionais, depois na nanotecnologia e nos últimos 15 anos de carreira focou na neuroaprendizagem e reabilitação envolvendo a simbiogênese e interfaces colaborativas entre cérebro, corpos e displays.
Inventor de várias tecnologias, softwares e protocolos clínicos.
Escritor. Muitas de suas atividades e textos estão disponíveis no blog: [ Ссылка ]
Atualmente retomou sua atividade como músico compositor, cantor que atuava na adolescência produzindo atualmente suas canções e coordenando a Banda Seu Kowalsky e os Nômades de Pedra. Suas músicas e shows vídeos podem ser acessadas no canal do youtube. [ Ссылка ]
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