Marinho Pinto deixará o PE se os portugueses assim o determinarem. Ele deixa essa decisão ao povo, o mais democrático e justo possível.
Eu não defraudei ninguém porque as pessoas votaram numa lista e não em mim. Se eu tiver que sair e se os eleitores assim o escolherem, o 3º da lista seguirá o rumo natural do processo e toma posse, como sempre se fez em democracia.
Num caso do PCP foi o 13º da lista que toma posse e ninguém fala em defraudar.
("Diana Ferreira. A deputada comunista tomou posse, apesar de ser 13.ª na lista do Porto, onde o PCP apenas elegeu dois deputados. Ultrapassou 11 camaradas. Um total desrespeito pelos eleitores, fruto da feroz disciplina comunista." CM)
A MANIPULAÇÃO DESCARADA QUE VISA SILENCIAR A AMEAÇA QUE MARINHO PINTO REPRESENTA, NESTE LINK OS VIDEOS E A COMPARAÇÃO ENTRE A VERDADE E A MENTIRA, ENTRE O QUE MARINHO DISSE E O QUE A IMPRENSA DISSE QUE ELE DISSE: [ Ссылка ]
ESTE… É O HOMEM!
Ex-bastonário dos advogados responde aos que o criticam... Assustados!
Fariseus
“Há cerca de três semanas anunciei que, em 2015, iria pedir ao eleitorado que substituísse o meu mandato de deputado ao Parlamento Europeu pelo de deputado à Assembleia da República, pois iria candidatar-me ao cargo de primeiro-ministro. E revelei as razões por que o fazia.
Imediatamente, os alabardeiros do sistema político, que vão de uma direita burlesca a uma extrema-esquerda apatetada e a outra de sacristia, reagiram com a finalidade de desviar as atenções do que é importante.
Para eles é insignificante que um eurodeputado disponha de mais de 21 mil euros mensais para contratar quem queira sem ter de justificar essas contratações, tenha todas as viagens suportadas pelo PE e disponha de Mercedes topo de gama e motorista para todas as deslocações (mesmo pessoais) que faça em Bruxelas ou em Estrasburgo.
Nada disso os perturba.
O que os incomoda — e muito — é o facto de um deputado recém-eleito se ter recusado a saborear em silêncio essas mordomias, as ter denunciado como inadmissíveis perante a pobreza do povo que representa e se preparar para regressar ao combate político em Portugal.
Acusam-no de falta de coerência pois, para eles, quem não concorda com esses privilégios deveria demitir-se.
O seu paradigma argumentativo é o mesmo que foi usado contra os comunistas que não repartiam os seus bens com os proletários ou não emigravam para a União Soviética que elogiavam.
As categorias mentais são as mesmas.
Eles não são como o idiota da fábula chinesa que, atávico, olhava para o dedo quando alguém apontava para a lua.
Perante a denúncia de uma situação escandalosa eles, perfidamente, olham para o dedo que a indica, dizem que a unha está roída e logo diagnosticam os piores desvios morais e de carácter de quem a denunciou.
Deve, realmente, ser insuportável ouvir publicamente o que tão empenhadamente se calava.
Eles não se incomodam que uma eurodeputada recém-eleita se preparasse para abandonar o lugar para ir para comissária da UE ou que um ministro tenha ido para administrador de uma empresa a quem, em nome do Estado, pagara milhões de euros por empreitadas de obras públicas ou que outro tenha ido presidir a uma empresa estrangeira cuja instalação em Portugal autorizara enquanto ministro ou que o presidente da principal entidade de supervisão bancária tenha sido diretor de um banco privado que usava o dinheiro dos seus depositantes para, através de offshores, comprar as suas próprias ações inflacionando-as para cotações que chegaram a ser mais de cem vezes superiores à atual ou que o BES tenha financiado congressos de magistrados do Ministério Público ou que dezenas de jornalistas tenham feito cruzeiros no iate do seu presidente.
Eles não se preocupam nada com a corrupção que se generalizou no sistema político e mediático nem com a gigantesca teia de tráfico de influências que asfixia o Estado democrático.
O que os incomoda é que alguém denuncie essa podridão até porque isso revela também a cumplicidade dos seus silêncios.
Mas o que verdadeiramente atormenta essa choldraboldra de Fariseus e os que se escondem por trás dela é tão-só o mau exemplo de alguém que apareceu a fazer política recusando o que de melhor ela lhe podia dar em benefício exclusivo daquilo para que ela realmente existe: a Res Publica.
António Marinho e Pinto /Expresso, 2014.08.30"
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