#Cinema
THE REPLACEMENTS
Aqui no Brasil, traduzido como "Os subistitutos" ou "Virando o Jogo" é um filme lançado no ano 2000, que não ficou famoso por aqui.
A primeira coisa interessante é que Keanu Reeves surpreendeu aceitando este papel, pois ele havia acabado de estrelar Matrix em 1999, um filme que bombou, inaugurando uma nova geração de filmes, com seus efeitos visuais e ação inovadora. Muitos esperavam que o próximo filme de Keanu seria nessa linha, mas logo veio The Replacements, e é sobre ele que quero falar.
Normalmente, filmes são estabelecidos pelo seu gênero, seja ação, romance, drama, comédia, aventura, etc. The Replacements é um filme baseado em fatos reais, sobre uma época em que jogadores de futebol americano profissional entraram em greve, e para que o campeonato não parasse, jogadores substitutos foram contratados. Histórias assim, são retratadas como Drama, como "Duelo de titâs", "Somos Marchal", etc. Porém, The Replacements seguiu uma linha diferente: tem comédia, tem drama, tem romance, e tem a história real.
Tecnicamente, é difícil fazer um filme assim, navegando em muitas linguagens, mas se mantendo coeso em uma mesma linha de raciocínio. Temos muitos exemplos ruins de filmes que fracassaram nessa missão: "O ilusionista" (2006) é um filme que poderia ser ótimo pelo Suspense, mas jogou tudo por água abaixo pois, do nada, sobrepôs o Romance, aí o Suspense perdeu o sentido e acabou com o filme; "A máquina do tempo" (2002) poderia ser sensacional, se mantivesse a Aventura que embasava o filme, mas aí, do nada, resolveu meter um Drama filosófico que fez tudo perder o sentido e acabou com o filme. É preciso haver uma liga, algo que mantenha tudo conectado. Este filme The Replacementes é um ótimo exemplo disso! A comédia é engraçada (Jon Favreau, diretor dos 2 primeiros Homem de Ferro e um dos principais motivos da franquia da Marvel ter dado certo nos cinemas, está ótimo nesse filme - ele faz um policial nervosinho que precisa lidar com presidiários), o drama é realista (sem forçar a barra pra forçar choro) e o romance funciona. Interessante foi o elo de ligação que usaram para conectar tudo isso: o futebol americano. Sim, o esporte foi usado não só como tema do filme, mas como plano de fundo para tudo.
Por isso publiquei este trecho do filme: é uma cena de romance, porém, a medida que o romance vai esquentando, a trilha sonora do Sting vai subindo (música maravilhosa) e, de repente, surgem vozes de narradores comentando um jogo de futebol americano! Parece que vai cortar o clima, mas não. Embora a narração seja literal ao jogo, ela casa perfeitamente ao movimento do casal em cena, tanto que a cena final termina em um touchdown após o beijo.
Gosto demais desse filme, muito divertido, aquele água com açúcar bacana, que ainda dá uma aula de cinema. Indico.
Rubens Junior
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