Enquanto em Stonehenge, os neo-druídas e milhares de seguidores e de curiosos, se reúnem à volta do famoso círculo de pedras, por trás da famosa Heel Stone, ao nascer do sol, para saudarem a entrada do dia maior do ano, em Portugal, o Verão, é festejado, ao pôr-do-sol, junto a um antigo altar de pedra localizado no patamar da uma impressionante vertente rochosa, numa das faldas de zona castreja, conhecida pelo castro do Curral da Pedra, depois de uma breve paragem pelo santurário rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srá, cuja gruta da sua base, em forma semi-circular, é atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos equinócios da Primavera e do Outono - Pormenores em [ Ссылка ]
O evento tem contado com o inestimável apoio da Câmara Municipal de V. N. de Foz Côa, que, no registo deste video, gravado numa das anteriores celebrações, na passagem por aquele templo solar, foi até o então vereador da cultura, atual Presidente do Muncípio, João Paulo Sousa, que saudou os visitantes e fez o elogio desta nossa iniciativa, antes de ali prestarmos uma singela homenagem a um dos nossos admiradores destas celebrações, o saudoso cónego José da Silva, falecido no dia 24 de Abril, que co-paroquiava Vila Nova de Foz Côa desde 3 de março de 1985
A anual cerimónia solisticial decorre no primeiro dia do Verão – que varia entre o dia 20 e 22 de junho no Hemisfério Norte – Este ano, em 2023, decorre dia 21 – O início da celebração tem lugar a partir das 18.30 h, desde o adro da igreja, com o tradicional cortejo celta, composto por personagens envergando túnicas brancas, representando o papel dos lendários sacerdotes druidas, lembrando os seus antigos rituais ou tradições, ação evocativa que que, ao deixar o fundo do povo, se dirige por
um antigo caminho romano, desfilando até ao Maciço dos Tambores, já conhecido pelo planalto dos Templos do Sol, por aqui se situarem alguns dos mais belos calendários solares da humanidade, erguidos pelos povos, que, nos períodos do Neolítico e Calcolítico, por aqui se refugiaram, se abrigaram, de que existem abundantes vestígios, cultuando os seus deuses, festejando e orientando a sua vida, simples e humilde, em estreita ligação com a natureza e o ritmo das estações do ano
MARAVILHA DE UM PORTUGAL DE MISTÉRIOS E DE VALIOSA HERANÇA ANCESTRAL- A esférica pedra do solstício é umas das enormes pedras que os povos da pré-história terão erguido para celebrar o dia maior do ano, cultuar os seus deuses, num dos cruzamentos ou veios da Terra, que os radiestesistas classificam de pontos nodais, com propriedades telúricas, energéticas ou talvez mesmo curativas.
O majestoso monumento megalítico, configurando o disco solar e a esfera terrestre, ergue-se, sobranceiro ao aprazível vale da Ribeira Centeeira, afluente do Rio Côa (na foz do qual existe um dos mais belos núcleos de gravuras rupestres do paleolítico, classificados como Património da Humanidade. Destacando-se na vertente do Castro do Curral da Pedra, a curta distância do Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora, outro gigantesco monólito, cuja gruta, em forma de semi-arco, na sua base, é atravessada pelos raios solares do nascer-do-sol sol nos equinócios.
Visto, perpendicularmente, em direção ao pôr-do-sol no solstício, assume a forma redonda. Observado, porém, noutro ângulo, deforma-se e toma a forma de um busto feminino, de perfil a norte e, masculino, de perfil a sul
Este é um dos raros lugares da Europa – e talvez do mundo – onde ainda persistem calendários pré-históricos alinhados com todas as estações do ano – Pois, além deste alinhamento sagrado, existem também imponentes megálitos alinhados com os equinócios e com o solstício do Inverno
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