Neste vídeo, o Dr. André fala sobre como identificar a Neuralgia do Trigêmeo em um paciente. Quais são as características clinicas da doença e quais exames e critérios utilizados para estabelecer o diagnóstico.
Primeiramente, é importante relembrar o que é, de fato, o nervo trigêmeo.
O nervo trigêmeo é o quinto dos 12 nervos que saem diretamente do encéfalo. Existe um nervo trigêmeo de cada lado do rosto, e ele recebe esse nome por possuir três ramos.
O primeiro ramo, chamado V1 ou nervo oftálmico, inerva a parte superior do rosto. O segundo ramo, chamado V2 ou ramo maxilar, inerva a parte média do rosto. O terceiro ramo, V3 ou ramo mandibular, inerva a região que vai da parte anterior à orelha até a região inferior do rosto.
É essencial entender que o nervo trigêmeo é responsável pela sensibilidade do rosto. Toda a movimentação facial, incluindo a mímica facial, como sorrir e franzir a testa, é controlada por outro nervo, o nervo facial.
Portanto, os tratamentos que visam inativar o Nervo trigêmeo não têm como consequência, ou risco, causar assimetria ou deformidade facial.
Vamos então falar das principais características clínicas da Neuralgia do Trigêmeo, que são fundamentais para o diagnóstico.
O paciente com neuralgia do trigêmeo exibe um quadro bastante típico. São crises de dor no rosto que afetam um ou mais ramos do nervo trigêmeo. Na grande maioria dos casos, a dor ocorre em apenas um lado do rosto. O paciente geralmente descreve a dor como um choque, uma pontada ou uma fisgada. Essas dores são rápidas, iniciando e terminando de maneira muito abrupta, durando de segundos a alguns minutos. Elas podem ser desencadeadas por estímulos táteis, como falar, mastigar, escovar os dentes ou simplesmente beber um líquido ou sentir o vento no rosto.
Portanto, o diagnóstico da Neuralgia do Trigêmeo é essencialmente clínico, baseado nessas características descritas, além de um exame físico que normalmente não apresenta alterações nos pacientes com a condição.
Para que servem, então, os exames?
Os exames, especialmente uma ressonância magnética específica para visualizar o Nervo Trigêmeo, são utilizados para tentar identificar a causa do problema. Após o diagnóstico clínico da Neuralgia do Trigêmeo, solicita-se um exame de imagem para documentar a origem da condição. A principal causa de neuralgia do trigêmeo é a compressão do nervo por um vaso sanguíneo, geralmente uma artéria.
Em alguns pacientes, um vaso sanguíneo passa muito próximo ao nervo e pulsa continuamente, degradando sua camada protetora e causando um “curto-circuito”. Contudo, é importante destacar que nem todos os indivíduos com essa compressão arterial desenvolvem a síndrome.
Portanto, a identificação dessa compressão na ressonância não é um indicativo obrigatório de que o paciente terá neuralgia do trigêmeo. Existem outros tipos de compressão, embora mais raros, como alguns tumores benignos, como Meningiomas, Schwannomas ou Cistos Epidermóides. Esses também podem ser visualizados na ressonância, embora sejam menos comuns.
Outra situação é a esclerose múltipla, uma doença em que as próprias células de defesa do corpo atacam equivocadamente a camada protetora do Nervo Trigêmeo, assim como de outros nervos, causando também uma espécie de curto-circuito.
Há ainda uma terceira condição, na qual não se encontra nenhuma explicação para o problema. Quando isso acontece com a Neuralgia do Trigêmeo, denomina-se Neuralgia do Trigêmeo Idiopática.
Idiopática é o termo científico utilizado quando uma doença não tem uma causa propriamente estabelecida. Portanto, os exames de imagem são importantes e fundamentais, pois auxiliam na tentativa de identificar a causa do problema.
Por fim, é importante destacar o principal diagnóstico diferencial da Neuralgia do Trigêmeo, que é a Disfunção Temporomandibular. Embora seja possível confundir a neuralgia do trigêmeo com a disfunção temporomandibular, ambas possuem características relativamente diferentes entre si.
Acompanhe o vídeo para saber mais sobre o assunto.
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Importante: antes de iniciar qualquer tratamento, procure avaliação médica.
Dr. André Mansano - Médico Especialista no Tratamento da Dor. São Paulo – SP.
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