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Existem 8 planetas no sistema solar, mercúrio, vênus, terra, marte, jupiter, saturno, urano e netuno, cada um desses mundos com suas características e dinâmicas únicas, sem falar na quantidade absurda de luas, asteroides e cometas que orbitam nosso astro rei, tudo isso, apenas no nosso sistema planetário, agora pensa comigo, só a nossa galáxia a via láctea possui 200 bilhões de estrelas, com alguns estudos apontando uma quantidade ainda maior, 400 bilhões de estrelas, agora imagine as possibilidades, se metade dessas estrelas tiverem ao menos 1 planeta em sua orbita, são 200 bilhões de planetas, imagine só quão incríveis alguns desses mundos poderiam ser, sem falar nos satélites naturais que esses planetas poderiam ter em suas orbitas, mundos promissores como europa, encelado e titan, lugares onde a vida poderia surgir e se estabelecer, sem duvidas o universo e extremamente vasto e as distancias absurdas podem esconder coisas inimagináveis de nós.
Mas calma existe uma pequena esperança, graças aos telescópios espaciais e radiotelescópios temos a chance de pelo menos ter um vislumbre da dinâmica e da estrutura desses planetas fascinantes, e visitar alguns desses mundos é exatamente o que faremos nesse documentário.
Nossa viagem começara em Kepler10b, um exoplaneta extremo que fica a 564 anos-luz da Terra e orbita ao redor da anã amarela Kepler-10, uma estrela com incríveis 10 bilhões de anos de idade. Kepler-10b está 20 vezes mais perto de sua estrela mãe do que Mercúrio está do Sol, orbitando a anã amarela em apenas 20 horas. Isso torna o exoplaneta um lugar aterrorizante, além disso aqui existem nuvens químicas ácidas e bilhões de raios por minuto, é você não ouviu errado, são 1 bilhão de raios a cada 60 segundos, apesar de inóspito, esse planeta com certeza deve possuir um céu espetacular.
Seguindo nossa jornada visitaremos uma estrela semelhante ao sol, mas que ao contrario da nossa estrela, esta no fim de sua vida, assim como o sol no futuro, essa estrela está tendo uma expansão violenta das camadas externas, engolindo tudo ao seu redor, incluindo seu planeta, esta é a primeira vez que um evento como esse é registrado na história astronômica. A estrela está localizada a cerca de 12.000 anos-luz na constelação da Águia, e o planeta que essa estrela faminta está devorando é parecido com Júpiter.
Após isso seguiremos pra o sistema PSR B1620-26 onde um planeta um pouco maior que jupiter, orbita um dos objetos mais extremos do universo, uma estrela de nêutrons. O exoplaneta orbita o pulsar a uma distância considerável de 23 unidades astronômicas, equivalente a 3,4 bilhões de quilômetros, um pouco mais que a distância entre Urano e o Sol e cada revolução do planeta ao redor da estrela, leva cerca de 100 anos, tudo indica que o planeta foi formado durante o mesmo período que sua estrela, cerca de 12,7 bilhões de anos atrás, o que o torna um dos exoplanetas mais antigos já detectados.
Nosso último destino será Kepler 22b, o primeiro exoplaneta parecido com a terra detectado. Esse mundo está a 620 anos-luz de distância da terra e sua estrela é muito parecida com o nosso Sol, apenas um pouco mais jovem, 3% menor, 2% menos massiva e um pouco mais fraca em luminosidade. A cerca de 127,5 milhões de quilômetros, o planeta Kepler-22b está mais próximo de sua estrela-mãe do que a Terra está do Sol, mas ainda se encontra na zona habitável do sistema.
Apertem os cintos, nossa jornada até esses mundos incríveis começa agora.
